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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Singelo

Tudo que tenho no bolso e vida
são uns poemas na calça,
e sonhos dobrados e guardados num livro
de praça que vez abre e fecha,
dançando com vento as páginas.
Dizem por aí que sou aquele que pinta
as palavras de cores,
feito tela branca
de sua pele leve.
Singelo,
pinto amores.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Francisco

Francisco tinha a solidão como companhia,
era como uma poesia sem métrica ou rimas
como uma Monalisa sem tinta e cor.
Francisco vivia como nesses dias de chuva,
sempre cinza dos dias e idéias
cheio de nuvens e água gelada.
Para quietar sua tristeza, Francisco
flutuava nos sonhos que criava
ao ver as gotas da chuva cair
e secar feito folha de outono
do outubro,
e do outrora.
Em momentos às vezes, vê seu tímido olhar
cobrir em detalhes o amor.
E tem isso como objetivo,
só não é compreendido
correspondido,
e nem os didos das palavras,
soletravam o amor para Francisco.