Páginas

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Montevideo (ou a parte que faltava).

Montevideo hoje não passa de uma cidade já visitada e abandonada, voltamos à pacata rotina de outrora, do mais do mesmo. Os pontos turísticos apenas foram à espera do egocentrismo, preocupado com as imagens bonitas com foco, sem flash. Neste papel tento a continuação do que guardo no coração, registrando agora nessas folhas recém intactas que comprei naquela nossa loja do bairro. Hoje, é o presente do amanhã de suas visitas matinais, ainda de malas cheia da roupa cheirando a fumaça de lavanda, que ama. Dessa vez não tivemos as flores de plástico para recepcionar as boas vindas, ou boas despedida, e nem bilhetes amassados dos carinhos de amor. E novamente a sensação já batida da solidão poética que insiste em ser a estrela da nossa comédia formosa. Escrever esta ficção é mais complicado do que viver a vida real, honesta da realidade que não caberia no papel de agora, na madrugada do nosso delírio. A viagem termina exatamente no fim de como e quando começa no doce calor dos beijos de fim de semana ao amor sem tédio de todas as quartas-feiras.

- Atenção passageiros, acabamos de chegar ao destino desejado...

(primeira parte de Montevideo clicando aqui)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Silêncio


Salve o grito dos amantes desesperados

O grito bandido

O berro inconseqüente de suas paixões.

Salve o grito da paz de te ter, ao grito assumido das minhas falhas.

Toquem os gritos dos tambores africanos, os gritos da fé que cega meu coração ateu.

O meu,

O teu grito

A minha dor.